Brasão Chaves – Epopeia de Sangue e Mar

Este brasão e poema são mais do que símbolos heráldicos — são a celebração viva de uma linhagem moldada pelo génio luso, pela coragem dos navegadores e pela perseverança de gerações. Aqui se unem a tradição e o engenho, o sangue e o mar, projetando no presente o orgulho de um nome que nunca esqueceu as suas raízes. Convido o leitor a mergulhar nesta epopeia de valores, feitos e sonhos que continuam a iluminar o caminho da família Chaves.

Ergue-se o escudo rubro como chama viva,
Forjado na forja da história e do engenho,
Onde força dum leão dourado, rampante, altiva,
Revela tenacidade, nobreza e eterno empenho.

Ao alto, uma roda dentada negra reluz,
Testemunho do saber, da ciência, do progresso,
E do futuro conquistado sempre à luz
Do génio luso, compromisso audaz e expresso.

No horizonte do brasão, duas sentinelas:
À esquerda, o farol — luz firme e destemida,
Guia os navegantes, acalma as sequelas
Das tormentas tempestades da vida.

À direita, a caravela que rompe o Atlântico,
Vela enfunada, destino por desvendar;
Símbolo de epopeia, sonho romântico,
Da alma que ousa partir sem receio de voltar.

Em ondas azul-prata repousa o brasão,
Ecoando a bravura das naus ancestrais,
E em faixa dourada, orgulha-se o nome CHAVES,
Legado de pioneiros, timoneiros imortais.

No timbre, brilha a Cruz de Cristo,
Coroando o elmo — glória e fé,
Com lambrequins de ouro e sangue, o hino escrito
À Pátria e ao clã que nunca se renderá.
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Este não é só um brasão — é a epopeia de um povo,
o retrato vivo de quem, por mar e por engenho,
fez da coragem caminho e do nome, legado novo.
Por João Elmiro da Rocha Chaves