A mente que mente

A mente, esse vasto campo onde navegamos em busca de verdades, muitas vezes se transforma em um palco de ilusões e enganos. Por vezes, buscamos clareza, a luz pura da verdade, mas nos deparamos com sombras e distorções que a própria mente cria para nos confundir. Este soneto, "A mente que mente", explora essa luta interna, essa batalha contra os véus da ilusão que nos cegam e nos desviam do caminho da autenticidade.

A mente, como um animal traiçoeiro, ri de nossas tentativas de encontrar uma verdade absoluta, nos faz hesitar, nos faz questionar o que é real. Mas talvez, se conseguíssemos acolher essa mente mentirosa, quem sabe não encontraríamos nela um vestígio de paz e verdade? Abaixo, compartilho as palavras que dão vida a essa reflexão profunda e, em seguida, uma série de imagens que capturam visualmente essa luta interna. Que possamos, juntos, refletir sobre a natureza de nossas mentes e as verdades que tanto buscamos.

Soneto:

No campo vasto da mente, vou, aflito,
Buscar verdades puras, sem engano,
Mas eis que a própria mente, como um pano,
Me cobre os olhos, mente o seu delito.

Procuro a luz, o brilho infinito,
Mas a mentira espreita, é vil arcano,
Transforma o claro dia em vil profano,
E ri-se a mente, de rir eu hesito.

Ó mente vil, que tanto me confundes,
Que mais pareces fera em negro espaço,
Porque mentir é mais do que te iludes.

Se te pudesse dar um forte abraço,
Talvez a verdade em ti infundes,
E a paz, enfim, encontrasse um traço.

Aqui estão algumas imagens surrealistas que capturam a essência da "A mente que mente". Elas retratam uma paisagem distorcida e onírica com um homem buscando a verdade, envolto em engano, contra um cenário de sombras bizarras e objetos flutuantes. A atmosfera sombria e a luz distante simbolizam a eterna luta entre a verdade e a natureza enganadora da mente.