Agradar a Todos

Agradar a Todos, somos levados a refletir sobre a inutilidade de tentar agradar a todos. O poema ressalta a impossibilidade de alcançar a aprovação universal e o sofrimento interno que acompanha essa busca inalcançável. Ao contrastar o desejo superficial de aceitação com o verdadeiro valor do amor-próprio, da verdade e da autenticidade, o soneto oferece uma reflexão atemporal sobre a importância da paz interior e os perigos de perder-se na opinião alheia.

Tentar agradar a todos, vão ensejo,
No coração dos homens, impossível,
Há quem ao nosso passo, inflexível,
Veja na luz do amor um vago beijo.

Desnecessário é tal árduo desejo,
Buscar em cada alma ser visível,
É deixar de viver o mais tangível,
Perder o eu, de si tornar-se enjejo.

Amar a si, o próximo e a verdade,
É mais nobre missão, e tal conduta,
Que a aprovação dos outros não detém.

Pois agradar a todos é vaidade,
Feliz é quem, da vida a própria luta,
Encontra paz no próprio coração, além.

Agradar a Todos nos deixa uma mensagem de libertação: a verdadeira felicidade e realização não vêm da validação externa, mas da consciência de si e da vivência autêntica. O poema nos incita a abandonar a vã tentativa de agradar a todos, enfatizando que a paz interior não está em satisfazer os outros, mas em honrar a própria verdade, amar a si mesmo e abraçar a jornada da vida. Assim, nos elevamos acima dos julgamentos passageiros e encontramos a verdadeira satisfação.