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Dizia o meu avô

Tipo de Projeto

soneto

Data

5/2024

Localização

Idaho, USA

Introdução

Os antigos ditados são repositórios de sabedoria popular, ecoando lições que resistem à prova do tempo. Inspirado pelo velho ditado do meu avô Rocha, "Em casa onde não há pão, toda a gente grita e ninguém tem razão", os próximos sonetos exploram a fome, a discórdia e a melancolia que surgem quando as necessidades básicas falham.

Soneto I - "Vozes na Fome"

No tempo áureo em que o sábio avô cantava,
Quando em casa o pão faltava e a dor surgia,
Gritavam todos, cada voz se erguia,
Num eco triste, sombra que restava.

Na lareira apagada, dor se entrava,
E cada olhar de esperança se esvaía,
Nas tramas dessa fome que mordia,
Sem que a razão ao lar já se voltava.

Assim falava o velho em seu primor,
Que onde a fome impera, só há dor,
E os laços se desatam na amargura.

Que a lição da carência nos conduza,
E ao repartir o pão, a voz que iluda,
Nos dê a paz na forma mais segura.

Soneto II - "Chama de Fome"

Do pão que falta, o lar em ânsia arde,
Cada grito, um trovão que a paz invade,
Ninguém escuta, só prantos e alarde,
No eco frio, resta só saudade.

Nas migalhas que a mesa não contém,
A razão perde o rumo, se consome,
E a fome que na alma se mantém,
Faz de cada palavra um triste nome.

Fome que corta e faz da dor sua arte,
Nos pratos vazios deixa só verdade,
Que o peito arranca e a esperança parte.

Das memórias do avô, tiramos idade,
Que em fogo brando, a dor se faz em parte,
E a lição do sofrer vira saudade.

Conclusão

Os sonetos apresentados refletem as palavras sábias de meu avô Rocha, que sabia que a falta de recursos essenciais é um solo fértil para a discórdia e o sofrimento. Que possamos tirar lições dessas reflexões e valorizar a importância da união e da compaixão, mesmo nos momentos de escassez, pois é na harmonia que encontramos a verdadeira razão.

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