Geração de Sorrisos Vazios

Este soneto captura a ironia da era digital, onde uma geração marcada pela tristeza encontra-se presa em um ciclo de partilhar imagens felizes e sorrisos forjados. A busca incessante por aceitação nas redes sociais esconde a profundidade das emoções verdadeiras, enquanto os filtros e poses substituem o toque humano e o afeto sincero. A poesia convida à reflexão sobre a desconexão entre a realidade interna e a imagem projetada, revelando o vazio por trás das ilusões digitais.

Em sorrisos forjados, a vida se esconde,
Corações vazios, mas a lente responde,
Fotos tão belas, porém tão fingidas,
Alegria em pixels, em almas feridas.

Cada clique esconde a lágrima contida,
Nas redes, ilusões que o mundo espelha,
Mas o coração sabe a verdade que sela,
Somos tristes, numa alegria fingida.

Mas onde estão os sorrisos verdadeiros?
As palavras sinceras, o toque amigo?
Perdemos-nos em filtros passageiros.

Entre flashes e poses, um vazio antigo,
Buscamos na tela, em vão, os primeiros,
E nos esquecemos do afeto abrigo.