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O Teatro dos Falsos

Tipo de Projeto

Soneto

Data

11/2024

Localização

Idaho, USA

Introdução:
Inspirado por um adágio que nos alerta contra as falsidades que cercam nosso cotidiano, este soneto em estilo camoniano reflete sobre o poder da indiferença como uma arma sutil e eficaz. Evocar a grandeza da poesia épica, como em Os Lusíadas, nos permite abordar temas universais com uma profundidade que atravessa os séculos. Aqui, exploramos o valor de não alimentar os artifícios dos que nos desejam distrair com suas ilusões.

Soneto
Na cena vã de farsa e dissimulo,
Onde mentiras dançam em disfarce,
Que cada um se afaste e não embarque
Nos jogos vis do falso que acumulo.

A máscara que aos outros sempre inculco,
No palco vil se ergue em falso arcabouço;
Mas sábio é quem, com sereno repouso,
Não veste o riso, nem o pranto inculco.

Pois quem da plateia o assento renega,
Não vê o falso brilho a se elevar,
Não é cativo à trama que se entrega.

Assim o falso, sem quem aplaudir,
Se perde em seu teatro a desabar,
Pois falta-lhe a atenção para existir.

Conclusão:
Assim como em tempos passados, a sabedoria reside em não se envolver nos embustes alheios. A verdadeira força está na capacidade de não ceder ao teatro das falsidades. Este soneto convida-nos a refletir sobre o poder do silêncio e da distância, lembrando que a vaidade e a deslealdade murcham quando não recebem atenção. Tal postura nos protege e nos mantém fiéis à nossa própria essência, tal como os heróis épicos que escolheram o valor acima de todas as distrações.

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