Olhar com dor do cotovelo

Este soneto explora o sentimento de inveja velada que se manifesta através de olhares críticos e julgadores, especialmente no contexto das redes sociais. Reflete a sensação de ser observado por alguém que, em vez de celebrar nossa felicidade, carrega uma postura de desdém e reprovação. No entanto, enquanto o olhar alheio tenta minar ou avaliar nossas ações, o verdadeiro poder reside no amor compartilhado entre aqueles que se mantêm unidos, imunes ao julgamento exterior. Assim, o soneto revela como os laços afetivos superam qualquer crítica, por mais constante que seja.

Ao vê-la com desdém, olhar altivo,
Seu rosto em ruga de asco a transformar,
Nas fotos que postamos, vem julgar,
Com olhos que reprovam, sempre ativo.

Qual dama da nobreza, olhar cativo,
Que em cada gesto nos faz recordar,
Que há sempre quem não cansa de observar,
E em cada publicação vê o motivo.

Ah, velha senhora, em teu semblante,
Carregas juízos, tão constantes,
Nas redes sociais teu reino é dado.

Mas nós, que vivemos em encanto,
Sabemos que teu olhar é só um manto,
Pois o amor, por nós, é partilhado.