Explorando a Rica Cultura de Angola e Portugal

Introdução
Neste soneto, “A Parte que Parte”, exploro o sentimento de perda e a dor que ela causa. Trata-se de uma reflexão sobre como a partida de algo ou alguém não apenas nos deixa, mas também leva consigo uma parte de nossa alma. A cada verso, revelo como essa ausência se torna uma sombra permanente que nos envolve, deixando-nos em um estado de sofrimento contínuo.
Soneto: A Parte que Parte
A parte que parte leva-me o ser,
A parte que parte é cruel e ingrata,
A parte que parte, ao longe maltrata,
A parte que parte não volta a nascer.
A parte que parte me faz perecer,
A parte que parte à dor me arremata,
A parte que parte me prende e me ata,
A parte que parte só faz padecer.
A parte que parte é sombra e é deserto,
A parte que parte não sabe o porquê,
A parte que parte é um golpe incerto.
A parte que parte não me deixará,
Pois parte de mim ainda é de você,
E o que me resta em prantos ficará.
Conclusão
A dor da partida, como descrita neste soneto, nos lembra que aqueles que se vão deixam marcas indeléveis em nossa existência. A parte que se foi, de fato, ainda é parte de nós, seja em memória ou em sentimento, e continuamos a carregar o peso dessa ausência como uma sombra. No entanto, essa dor também traz consigo a prova de que a conexão com o que perdemos permanece viva dentro de nós.

