Explorando a Rica Cultura de Angola e Portugal


Neste soneto, a alma transforma a dor em luz, onde cada lágrima é uma estrela que brilha no universo interior. A composição poética reflete a jornada emocional de quem encontra no sofrimento uma beleza transcendental, convertendo os sentimentos em uma constelação de amor e pureza.
Alma Constelada
Quando a alma se acende em luz celeste,
E cada lágrima é estrela a brilhar,
O desejo no peito a navegar,
Em mar de sonhos, vasto e inconteste.
Os pirilampos dançam em sua veste,
Que em mim se faz constelação sem par,
E, no meu rosto, as lágrimas a amar,
São rastro de uma dor que não se veste.
Mas quando enfim se apagam da visão,
Meus olhos serão só fulgor e cor,
Versando o lume da tua emoção.
Em ti reside toda a minha dor,
E ao findar do pranto, essa canção,
Serei em ti luz pura, puro amor.




