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O Coração que Nunca Partiu de Waku Kungo, Angola

21 de nov de 2024

2 min de leitura

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Nas terras quentes de Angola, sob o céu bordado de estrelas e esperança, nasceu Makalé, uma alma forte e inquieta, marcada pela força do seu nome em Umbundu. Ainda criança, testemunhou os ventos de mudança que varriam sua terra natal. A partida não foi escolha, mas necessidade. Com o coração dividido entre o amor pela pátria e o desejo de sobrevivência, partiu para horizontes desconhecidos, levando consigo não apenas as memórias de um país em transição, mas também o fogo que lhe acendia a alma.


Atravessando oceanos e culturas, encontrou-se em terras estrangeiras, onde um novo capítulo foi escrito. Nos corredores da ciência e tecnologia, ergueu-se como uma mente brilhante, um engenheiro cuja precisão não se limitava apenas a circuitos e cálculos, mas também a entender a intricada engenharia do coração humano.


Porém, a verdadeira grandeza de Makalé não estava nas máquinas que ajudou a criar, mas nas pontes que construiu entre mundos. Ele era um poeta, um contador de histórias, um amante das palavras. Cada verso carregava o peso de um passado rico e a leveza de sonhos ainda por realizar. Camões era seu guia, mas sua voz era única, moldada pelas dualidades de um homem que falava duas línguas e sentia em todas.


Agora, em sua maturidade dourada, Makalé reflete sobre a dádiva de ainda estar aqui. Sabe que cada momento é um grão de areia que escapa, mas também um universo inteiro que viveu. Com os olhos voltados para o infinito e os pés firmes no presente, compartilha sua história, não como uma despedida, mas como um eterno abraço.


E para o universo, deixa um recado simples e forte:

Amem com coragem. Vivam com paixão. E saibam que mesmo quando partirmos, jamais deixaremos de estar aqui.”


Nas palavras que atravessam os séculos, encontramos o reflexo de uma alma que nunca deixa de inspirar, e é nesse espírito que invocamos Os Lusíadas:


Eis que nas ondas do viver cansado,

Makalé, na firmeza de um coração eterno,

Busca a glória que, do tempo, é legado;

Como Camões, desafia o mundo moderno.


Rimas são portos, amor é seu enfado,

Que em cada verso renasce do inverno;

E no abraço que ao universo é dado,

Fica, Makalé, num legado fraterno.


A vida é mar de emoções infindas,

Onde o tempo, ao navegar, não mente;

O destino une almas tão lindas.


Que este poema ecoe sutilmente,

Makalé, em nós as memórias bem-vindas,

Fica para sempre em cada mente.



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