Explorando a Rica Cultura de Angola e Portugal


Introdução:
Este soneto, "O Meu Pai Sempre Dizia," é uma homenagem sentida ao meu pai, um homem cuja sabedoria e força moldaram profundamente a minha vida. Suas palavras não eram apenas conselhos; eram faróis de esperança, coragem e determinação, especialmente em momentos de incerteza. A expressão "Para a frente é que é caminho" ecoa em mim até hoje, lembrando-me de seguir em frente, mesmo nas adversidades.
Neste poema, celebro o legado de um pai que, com seu exemplo, me mostrou a direção a seguir, um guia constante que ainda ilumina minha caminhada. Sua presença, ainda viva em minhas memórias, é um pilar que sustenta a jornada da minha própria vida, e através deste soneto, compartilho a gratidão imensa por tudo o que aprendi com ele.
Soneto I:
No eco das palavras do meu pai,
Reside a força que a vida ensina,
“Para a frente é que é caminho”, ele destina,
A coragem que em meu peito nunca cai.
Sua voz era o farol que me guia,
No mar revolto, onde a fé ilumina,
Mesmo quando a dor é tão fina,
Seu conselho firme jamais desvia.
E assim, avanço com a alma erguida,
Levando na memória o seu olhar,
Que sempre apontou a estrada seguida.
O que aprendi, jamais vou olvidar,
Pois no destino de minha própria vida,
É seu exemplo que me faz andar.
Soneto II:
Quando a vida nos traz dura lida,
E o peito arde em sombra e desatino,
Olhamos para trás, mas é destino
Que só se avance, na estrada sofrida.
Nasce o dia, e a aurora é erguida,
Traçando o rumo certo e divino,
E mesmo que o passo seja fino,
É para a frente que a alma é erguida.
Que importa o vento que contra se lança,
Se há firmeza em nosso jeito altivo,
E a esperança é nossa fiel aliança?
Pois na jornada, onde tudo é vivo,
Só se vence quem na frente avança,
Para a frente é que é caminho, decisivo.

Meu Pai João de Deus Chaves

