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A Verdade Esquecida: O Legado Positivo dos Portugueses e dos Assimilados em Angola

12 de set de 2024

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Nos últimos 25 anos antes da independência de Angola, um período muitas vezes obscurecido pelas narrativas dominantes pós-independência, houve um notável progresso socioeconômico, multicultural e multirracial que merece ser reconhecido e celebrado. Este artigo visa resgatar a verdade esquecida sobre o impacto positivo dos portugueses e dos assimilados residentes da grande “província ultramarina”, destacando a importância de suas contribuições e como tudo isso foi destruído pelas táticas da Guerra Fria, deixando um legado de retórica distorcida que ainda hoje influencia muitas mentes.


Progresso Socioeconômico, Infraestruturas e Indústrias Exportadoras


Durante os 25 anos que antecederam a independência, Angola experimentou um desenvolvimento significativo em diversas áreas. Os portugueses e os assimilados desempenharam um papel crucial na construção de infraestruturas essenciais, como estradas, escolas, hospitais e sistemas de abastecimento de água. Além disso, impulsionaram a economia através de várias indústrias exportadoras que colocaram Angola em destaque no cenário internacional.


Principais Indústrias Exportadoras:


1. Agricultura:

• Café: Angola era um dos maiores produtores mundiais de café, especialmente nas regiões do norte. A indústria cafeeira não apenas gerava riqueza, mas também proporcionava emprego para milhares de angolanos, promovendo o desenvolvimento rural.

• Algodão e Sisal: Culturas significativas que contribuíam para a economia de exportação, fornecendo matéria-prima para indústrias têxteis locais e internacionais.

• Cana-de-açúcar e Milho: Cultivados em grande escala, esses produtos agrícolas eram fundamentais tanto para o consumo interno quanto para a exportação.


2. Mineração:

• Diamantes: Angola era um dos principais produtores globais de diamantes, com minas operando principalmente nas províncias da Lunda. Essa riqueza mineral atraía investimentos e expertise estrangeira, fomentando o crescimento econômico.


• Minério de Ferro: Explorados em regiões como Cassinga, contribuindo significativamente para as exportações e o desenvolvimento industrial.


3. Petróleo:

• Nos anos que antecederam a independência, a indústria petrolífera começou a ganhar destaque, com explorações na região de Cabinda e na costa atlântica. O petróleo tornou-se uma fonte promissora de renda e desenvolvimento tecnológico.


4. Pescas:

• Pesca Marítima: A rica costa atlântica permitia a exportação de peixes e frutos do mar, enquanto indústrias de processamento e conservação agregavam valor aos produtos marinhos.


5. Silvicultura:

• Madeira e Derivados: A exploração de madeiras tropicais era uma atividade relevante, com exportações para uso em construção e fabricação de móveis, contribuindo para a economia e a criação de empregos.


6. Indústrias Manufatureiras:

• Produtos Têxteis: Baseados no algodão cultivado localmente, as indústrias têxteis floresceram, atendendo tanto o mercado interno quanto o externo.

• Bebidas e Alimentos Processados: A produção de vinhos, cervejas e conservas alimentares não só supria o consumo local como também encontrava mercados além-fronteiras.


Essas indústrias formavam a espinha dorsal da economia angolana antes de 1975, refletindo um esforço conjunto de portugueses, luso-angolanos e assimilados. Através de investimentos, transferência de tecnologia e capacitação da mão de obra local, Angola posicionava-se como uma nação emergente com potencial para alcançar níveis ainda maiores de prosperidade.



Convivência Multicultural e Multirracial

Ao contrário da narrativa simplista que muitas vezes é propagada, a sociedade angolana daquela época era um caldeirão de culturas e raças, onde portugueses, luso-angolanos e assimilados contribuíam para uma convivência pacífica e produtiva. As cidades vibravam com uma diversidade cultural que enriquecia a vida de todos. Eventos culturais, festivais e interações diárias eram testemunhas de uma harmonia que desafiava divisões raciais e étnicas.


Destruição Pela Guerra Fria

Infelizmente, todo esse progresso foi brutalmente interrompido pelas táticas da Guerra Fria. A interferência estrangeira e os interesses geopolíticos transformaram Angola em um campo de batalha, onde as conquistas e sacrifícios dos portugueses e assimilados foram varridos por uma onda de destruição. Infraestruturas foram devastadas, comunidades desmanteladas e o país mergulhou em décadas de conflito, com consequências devastadoras para toda a nação.


Retórica Distorcida e Influência Externa

Forças externas empenharam-se em reescrever a história de Angola, pintando os portugueses e assimilados de forma negativa e alimentando uma narrativa que ainda hoje influencia muitas mentes. Essa retórica distorcida ignora as contribuições valiosas e os sacrifícios feitos por aqueles que efetivamente construíram as bases do que poderia ter sido uma nação próspera e unida.


A Necessidade de Reavaliação Histórica

Para os luso-angolanos e descendentes dos assimilados, é fundamental resgatar e reconhecer a verdadeira história. Somente através de uma reavaliação honesta e objetiva dos eventos podemos honrar a memória daqueles que trabalharam incansavelmente pelo bem de Angola. É hora de esclarecer os fatos e promover uma compreensão mais justa e equilibrada do passado, para que possamos construir um futuro onde a verdade e a justiça prevaleçam.


Conclusão

Os portugueses e assimilados em Angola foram os arquitetos de um progresso extraordinário, mesmo diante de desafios esmagadores. Suas contribuições, especialmente nas indústrias exportadoras que impulsionaram a economia, deixaram um legado que, se não fosse pela destruição causada por conflitos externos, poderia ter conduzido Angola a um caminho de prosperidade e harmonia. É nosso dever, como descendentes e defensores da verdade, garantir que essa história seja contada e reconhecida, para que as gerações futuras possam aprender e inspirar-se em um passado repleto de resiliência e realizações.


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12 de set de 2024

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